23 de abril de 2011

Desenvolvendo a nossa FÉ


  Um fator que Jesus apontou, como necessário para que o poder de Deus atue através de nós, é termos uma fé grande. Ele usou a figura de um grão de mostarda que, sendo a menor de todas as sementes, cresce a ponto de tornar-se uma árvore e as aves do céu aninhar-se nela (Mt 13:31-32).
  E Paulo nos ensina que a fé cresce por ouvir a Palavra de Deus, e que a voz de Deus vem através da própria Palavra:
"A FÉ é pelo ouvir, e o ouvir pela PALAVA (rhema) de DEUS." (Rm 10:17-ARC)
  É a Palavra de Deus que faz crescer a nossa fé, pois:
- Ela é racional, embora sua racionalidade não seja humana, pois os pensamentos de Deus estão acima dos nosso pensamentos (Is 55:9).
- Os seus testemunhos são verdadeiros. Podemos confiar no que ela diz. Pois o testemunho do SENHOR é fiel (Sl19:7).
- Ela tem autoridade, por ser a Palavra de Deus.
- Ela nos dá base suficiente, em termos de experiências que ela narra, que evidenciam a verdade que ela mesmo revela.
  A nossa fé vem por praticarmos a fé. Temos que exercê-la em todas as situações de justiça.
"Nele (naquele que crê) se revela a justiça de Deus, que vem pela fé e conduz à fé." (Rm 1:17 - CNBB)
  Quando exercemos fé, a resposta de Deus fará com que a nossa fé aumente. E assim a nossa própria experiência nos conduz a uma fé cada vez maior.
"não sabemos orar como convém" - disse-nos Paulo.
  Por que não oramos como convém? 
Temos Que Ser Cheios do Espírito!
  A expressão bíblica "enchei-vos do Espírito" (Ef5:18) em grego o sentido "sede constantemente enchidos do Espírito". É somente a presença plena do Espírito Santo em nosso espírito que nos dará a orientação para orarmos como convém. E é o Espírito que nos concede o poder de Deus, pois Jesus disse: "recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo" (At 1:8).
  Não devemos pedir ao Pai o que ele já nos deu, o que a Bíblia mostra especificamente que Deus delegou a nós, e o que Deus colocou ao nosso alcance e possibilidade, por meios naturais.
  Temos que quebrar o direito do inimigo em cada situação.
  Quando estamos fazendo uso de uma palavra de poder, quando estamos intercedendo por alguém, sempre o fazemos "em nome de Jesus". Acontece que normalmente o inimigo teve direito legal de trazer o problema, o mal que estamos enfrentando.
  Pode ser por causa de pecado praticado pela pessoa, ou pode ser uma maldição hereditária, ou pode ter sido feito um "trabalho de feitiçaria" contra a pessoa, ou ainda até mesmo uma praga lançada. E, como havia brechas, o mal atingiu a pessoa.
  Assim, quando usamos uma palavra de poder, "em nome de Jesus", e o inimigo tem direito legal em relação àquele mal, a nossa palavra não terá efeito, Isso decorre do fato de que somente podemos fazer uso do nome de Jesus no que for justo. Pois Deus reconhece até mesmo o direito do maligno, quando ele o tem.
Deus, sendo plenamente justo, reconhece o direito de até mesmo os demônios agirem na vida de alguém, quando o diabo conquistou esse direito por causa do pecado. O poder de Deus somente se manifestará, em nome de Jesus, em situações de justiça de retidão, no que é conforme o seu NOME.
  Portanto, isso que fazemos antes de expulsar um demônio (quebrar o seu direito legal) temos que fazer também quando estamos, com uma palavra de poder, determinando que um mal saia da nossa vida, ou da vida de alguém.
  Quebremos o direito do inimigo também pela fé.
  Finalmente, temos que entender que podemos quebrar o direito legal do inimigo, declarando que Jesus já pagou, com o seu sangue, na cruz do Calvário, tudo o que dava direito a Satanás para agir contra nós:
"Ele vos vivificou juntamente com Cristo. Ele nos perdoou todas as nossas faltas: pagou, EM DETRIMENTO DAS ORDENS LEGAIS, o título de divida que existia contra nós; e o suprimiu, pregando-o na cruz" (Cl 2:13-14 - BJ)
  Esta é uma verdade que precisa ser apropriada, cada vez que intercedemos por alguém, cada vez que resistimos a um mal. A Palavra nos mostra que um ato de fé na obra e na pessoa de Deus nos confere justiça, somos considerados justo, pois Deus não despreza o que ele mesmo fez por nós. Até mesmo no Antigo Testamento vemos isso:
"Ora, Abraão CREU em Deus, e isso lhe foi CREDITADO como justiça." (Gn 15:6, Rm 4:3, Tg 2:23 - NVI)
  Com efeito, estas são palavras do apóstolo Paulo:
  Temos Que Usar Palavras de Poder para Resistir a um Mal
Um outro ponto que precisamos entender é que, quando temos de nós uma situação maligna, um problema, quando estamos enfrentando um mal, o correto não é pedirmos a Deus para resolver esse mal, mas nós mesmos é que temos de enfrentá-lo usando uma palavra de poder. Pois Jesus nos ensinou:
"Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; porque em verdade nos afirmo que, se alguém DISSER a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele." (Mc 11:22-23)
  O "monte" a que Jesus se referiu representa algum mal, algum problema em nossa vida, ou alguma situação que precisa ser removida. E o que ele nos diz para fazer é dar uma ordem para o monte! Ele não nos diz para orarmos a Deus para que o SENHOR remova o monte. Quando usamos uma palavra de poder estamos também usando as chaves do reino, que nos permitem ligar ou desligar, no mundo espiritual:
"Dar-te-ei as chaves do REINO dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus." (Mt 16:19)
  Desse modo foi que Pedro e João, quando encontraram-se com o coxo à porta do templo, fizeram uso de uma palavra da poder que o curou:
"Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!" (At 3:6)
  Uma outra maneira de fazer uso da palavra de poder é determinar que algo aconteça, em nome de Jesus. Foi o que ele nos ensinou, ao dizer:
"E tudo quanto PEDIRDES em meu NOME, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se PEDIRDES alguma coisa em meu nome, eu o farei." (João 14:13-14 - ARC)
Observemos que o verbo pedir aqui não tem um objeto direto; não se trata de pedir a alguém. Aqui o verbo "pedir" significa simplesmente "determinar". Portanto, "tudo" o que determinarmos em nome de Jesus, ele o fará!" Não se trata de pedir a Jesus, pois estamos pedindo em nome de Jesus. E não tem sentido pedir a Ele, em nome dEle, para Ele mesmo fazer alguma coisa. Ele não pode ser o mediador dEle mesmo!...Temos Que Orar ao Pai para Pedir uma Bênção.
  Se quando enfrentamos uma situação negativa nós é que temos que resistir a ela, quando queremos receber uma bênção, esta devemos pedir ao Pai:
"Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão lhe dará uma pedra?Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus sabeis dar boas dadivas aos vosso filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará BOAS COISAS aos que lhe pedirem?" (Mt 7:9-11)
  As coisas que são mas (ou malignas) ficam por nossa conta, para resistirmos a elas, em nome de Jesus. As coisas boas, as bênçãos, devemos pedir a
Deus Pai, em nome de Jesus (pois Ele é nosso Mediador).
Veja ainda o seguinte versículo, que confirma exatamente isso:
"Toda BOA DÁDIVA e todo DOM PERFEITO são lá do alto, DESCENDO DO PAI das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança." (Tg1:17)
E toda oração que fazemos ao Pai é em nome de Jesus, pois ele é o nosso mediador:
"Em verdade, em em verdade vos digo: o que pedirdes ao Pai Ele vos dará em meu NOME." (João 16:23 - BJ)
  Aqui o verbo pedir tem o seu sentido normal de pedir alguma coisa a alguém, ou seja, pedir uma bênção ao Pai. E pedimos em nome de Jesus.
"Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, ... justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem, ... sendo justificado gratuitamente por sua graça. POR MEIO DA REDENÇÃO que há em Cristo Jesus." (Rm 3:21-22,24 - NVI)
Entendamos que esta justificação não se aplica apenas a salvação no sentido de receber a vida eterna. Ela é completa, ela aplica-se à "quebra total do direito legal do inimigo", pois se trata da "redenção" que há em Cristo Jesus!

  As palavras :"lhe foi creditado" não foram escritas apenas para ele (Abraão), mas também para nós, a quem Deus creditará justiça, a nós, que cremos naquele que ressuscitou dos mortos a Jesus, nosso SENHOR.
(Rm 4:23-24 - NVI)
  Pela fé podemos também quebrar o direito legal de Satanás declarando que Jesus, o Redentor, já pagou, na cruz, com o seu sangue, o que o diabo tinha de direito sobre algum mal com que nos tenha atingido.Temos que nos valer da nossa unção e da nossa fé.
  Mesmo em situações em que o inimigo tenha direito, e este não tenha sido quebrado, podemos prevalecer contra ele desde que o nosso nível de unção e fé superem o do inimigo. É no caso de que a nossa "patente espiritual" seja superior à dele. Neste caso, somos o "mais valente" do que ele,
nas palavras de Jesus:
"Quando o valente (o demônio), bem armado, guarda a SUA própria CASA, ficam em segurança todos os seus bens (os seus direitos). Sobrevindo, porém, UM MAIS VALENTE do que ele, vence-o, tira-lhe a armadura em que confiava e lhe divide os despojos." (Lc 11:21-22).
  Numa luta "corpo a corpo" contra o inimigo espiritual, se tivermos um "status espiritual" maior que o do inimigo, venceremos, quer ele tenha direito ou não. Temos que ser "mais valentes" do que ele. Porque "guerra é guerra", e sempre vence quem tem maior poder. Por isso precisamos ter unção suficiente!Pois o nível de nossa patente é decorrente do nosso nível de unção. É decorrente do nosso grau de santificação, de quanto já nos purificamos com o jejum de Isaías 58.
  E quando se trata de receber uma bênção, temos a promessa de que a nossa fé passiva (a fé para receber uma bênção) não tem limites!A nossa fé passiva não tem limites: depende apenas de ser conforme à Palavra de Deus e da certeza dada pela nossa visão espiritual. Tudo é possível ao que crê.
  Vimos neste estudo que temos que fazer crescer a nossa unção, e isso através do jejum de Isaías 58. Vimos também que temos que desenvolver a nossa fé, pelo seu exercício e através da Palavra de Deus. Isso significa que, quanto mais nos santificamos, maior será o poder de Deus que atuará através de nós. Pois o resultado do crescimento da unção e da fé é a santificação. Portanto, estas são duas palavras que caminham juntas:
Santidade e Poder!
 

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