29 de junho de 2015

Cansei da carpintaria!

  Nas últimas semanas eu fiquei igual a um parafuso.

  Tédio, mesmice, ansiedade, dificuldades, longa espera...
Querendo agir por conta própria pra dar uma mãozinha a Deus (como se Ele precisasse), querendo abrir mão de tudo, cansada, morrendo aos poucos, perdendo a visão, até que corri desesperada pra Ele:

"- Eu cheguei no meu limite Pai! Não dá pra continuar. Eu não aguento mais, tá muito pesado. A espera tá me matando!!! Por que ainda não? Qual é o Teu tempo afinal? Não era logo que Você falou? Mas, ainda estou aqui... E aí?"

Jesus é a Pessoa Ideal para compreender você, sabia? 
  E Ele começou a ministrar em meu coração sobre o tempo que Ele viveu aqui em Sua forma humana. Jesus foi um bebê planejado. Ele veio ao mundo com uma missão, Ele veio para cumprir Sua missão, mas isso levou tempo! Ele nasceu, cresceu, passou pela infância, adolescência, se tornou adulto, e mesmo sabendo da missão que precisava cumprir, Ele teve de esperar até o momento certo. E foi justamente isso que Ele me trouxe à memória!
  Claro que não foi fácil para Cristo saber o que tinha de fazer, mas continuar na carpintaria. Os planos, o propósito Dele eram MUITO maiores que aquela carpintaria cheia de ferramentas e poeira, mas até que chegasse o tempo certo, Ele precisou continuar lá.
  Já imaginou o próprio Cristo trabalhando, suando, mexendo com aquelas madeiras dia após dias, quando aquilo não era nada parecido com a missão Dele?

"-Eu te entendo perfeitamente! Sei muito bem o que você está sentindo, esse tédio, essa agonia de querer correr logo pra o seu destino. Eu te entendo, e quer saber uma coisa? Não é fácil ficar na carpintaria, mas é preciso estar lá por um tempo. Fica firme, não será para sempre!"

  A carpintaria é um estágio, uma fase de preparação e Jesus tem me ensinado isso de forma tão paciente, têm me encorajado, e a melhor parte é que eu não preciso passar sozinha, Ele está comigo! 

24 de junho de 2015

Impacto evangelístico de são João ( Caruaru- Pernambuco )

  Jocum Recife mais uma vez esteve na cidade de Caruaru (minha cidade natal) para evangelizar e impactar vidas com a Verdade. Deus nos direcionou em tudo e trouxe muitas providências como: alojamento em uma escola muito bem estruturada, parceria com uma equipe de evangelismo local, livramentos, etc. Foram 4 dias na cidade de muitas bençãos e uma palavra que não saiu da minha mente foi essa:

"E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem."
( 2 Coríntios 2.14,15)

  Em diversas situações, vimos esse versículo se cumprindo. Estávamos exalando uma boa e agradável fragrância. Às vezes apenas conversando com crianças na rua e vários adultos começavam a chegar e pedindo oração, outros momentos apenas parados na rua e pessoas foram atraídas pra perto e se renderam ao amor de Cristo. Não existe nada mais maravilhoso do que obedecer Sua voz e ver todas as coisas que Ele pode fazer através de nossas vidas...





4 de junho de 2015

Quando a sua casa não parece mais a "sua casa" ...

  Quando um missionário acaba de chegar ao campo missionário, é óbvio onde é a sua “casa”. É o lugar de onde você acabou de sair. É o lugar onde você cresceu, foi à escola, teve seus estudos, descobriu uma igreja, e formou seus relacionamentos mais importantes. Mas quando você mora em outro país [ou cidade] por um bom tempo, uma estranha transição acontece...
  Seu país natal–sua casa–não parece mais como sua casa. Quando você “vai pra casa”, algumas das mesmas pessoas e lugares estão lá, mas a vida caminhou em sua ausência. Quando você aparece para um “tempo em casa”, você não pode recomeçar de onde parou. Você é um visitante. Um estrangeiro. Um convidado sem um papel permanente. Seus amigos próximos fizeram outros amigos. Metade das pessoas de sua igreja só te conhecem como uma linha ou um item na lista de pedidos de oração. Alguma nova tecnologia, gíria, ou moda tornou-se comum… exceto para você porque você perdeu isso quando saiu.
  No campo missionário, você dizia coisas como “No meu país…”, mas poucas pessoas no país onde você está podiam se relacionar com sua história. Eles ouviam educadamente, mas você sabia que eles não conseguiam entender. Mas não tinha problema. Você se consolava com o pensamento de que “As pessoas em casa entenderiam.”
  Mas, de forma ainda mais estranha, aquelas pessoas que você tinha certeza de que entenderiam… eles não entendem. Agora que você está em casa, você está cheio de experiências e histórias do lugar que tornou-se seu segundo lar. Você diz coisas como “Lá no país onde morei…”, mas, é claro, o que você contar a eles sobre o país onde morou é difícil de entender. As coisas que você sente falta do país onde viveu recebem uma expressão confusa, ou até mesmo uma declaração: “Que estranho!” Depois que você termina de contar a história, as pessoas voltam a falar da equipe local esportiva, as últimas notícias sobre política, ou algum assunto ao qual você não deu tanta importância nos últimos anos. Não quer dizer que eles não gostam de você. Eles gostam. Eles estão felizes que você está finalmente “em casa”. Mas aquelas pessoas “de casa” simplesmente não conseguem se relacionar com suas experiências “naquele lugar”, naquele país com nome engraçado, onde as pessoas tem nomes mais engraçados–e impronunciáveis–ainda.
  Quando você viaja “para casa”, as pessoas te dizem “Não é bom estar em casa?!” e você pensa “É, mais ou menos.” Agora que você já comeu algumas de suas comidas favoritas, e viu alguns velhos amigos, há algumas pequenas razões para ficar “em casa”. Você começa a sentir falta daquelas coisas sobre o país onde você viveu e passou a amar. Certas comidas, amigos locais, o papel no ministério que você estava fazendo com toda a alegria.
“Casa” já não é mais “casa”. E, tristemente, aquele outro lugar no campo missionário nunca será casa também. “Casa” é ambos lugares, e nenhum lugar, ao mesmo tempo.

"Em casa" o missionário sonha sobre o outro país onde mora.
"No outro país" o missionário sonha sobre o seu país natal.

  Missionários são sempre pegos em meio a dois mundos. Eles não podem mais se identificar completamente com as pessoas que eles deixaram para trás no seu país natal. Mas eles nunca se identificarão de verdade com as pessoas no país onde vivem.

"Casa" é em todo lugar.
"Casa" é em nenhum lugar.

Mas está tudo bem. Já houve outros viajantes nessa mesma estrada.


  Enquanto continuamos aqui na terra, sempre ficaremos um pouco deslocados e sem lugar. Missionários e aqueles morando em um lugar diferente de onde cresceram experimentam isso mais do que outros. Mas, algum dia, todos que creem no Senhor Cristo Jesus finalmente estarão em casa.
Tradução de: Karl Dahlfred ( Do blog http://maronjuli.blogspot.com.br/ )