18 de maio de 2012

Bairro cristão é atacado na Indonésia

Pessoas não identificadas atearam fogo em casas e carros. Dezenas de famílias fugiram de suas casas com medo de novos ataques. Os confrontos tiveram início no dia 14 de maio, durante as celebrações do herói nacional Thomas Matulessy. A possibilidade dos ataques serem de autoria de muçulmanos foi descartada pela Polícia
Pelo terceiro dia consecutivo, aconteceram ataques em Ambon (Ilhas Molucas), onde ontem à noite um grupo de pessoas não identificadas ateou fogo em casas e motos num bairro predominantemente cristão. Testemunhas afirmam que dezenas de famílias fugiram de suas casas por medo de novos ataques. Muitos temem o envolvimento de grupos extremistas islâmicos.
A violência começou na segunda-feira (14) durante o Pattimura Day, evento que celebra na Indonésia, o herói nacional Thomas Matulessy (1783-1817) que nasceu em Ambon.
Durante a noite um grupo de homens atacou cristãos que participavam de uma vigília na vila Saparua. Nos confrontos 44 pessoas ficaram feridas. Na terça-feira (15), o general Saud Usman Nasution disse que a violência foi deliberadamente provocada por pessoas próximas aos movimentos radicais, mas descartou o envolvimento de terroristas islâmicos.
Entre 1999 e 2001 uma sangrenta guerra entre cristãos e muçulmanos foi travada nas ilhas Molucas. Milhares de pessoas foram vitimadas, centenas de igrejas e mesquitas destruídas, milhares de casas derrubadas e o conflito gerou quase meio milhão de refugiados.
Em fevereiro de 2002 uma trégua entre as duas frentes das áreas cristãs e muçulmanas - assinado em Malino, Sulawesi sul, interrompeu a violência através de um plano de paz promovido pelo governo.

Bíblias atravessam fronteira na Coréia em balões para chegar aos cristãos

Mais de 10 mil cópias da Sagrada Escritura foram distribuídas aos cristãos que vivem na Coreia do Norte – país onde a liberdade religiosa é negada.
Bíblias que atravessam a cortina de bambu e chegam aos fiéis norte-coreanos com um balão: mais de 10 mil cópias da Sagrada Escritura foram distribuídas aos cristãos que vivem na Coreia do Norte – país onde a liberdade religiosa é negada.
Graças à singular iniciativa da organização “International Christian Concern” (ICC), com sede nos Estados Unidos, que realiza uma vasta obra de sensibilização, monitoração e ajuda às comunidades cristãs perseguidas no mundo.
Um recente relatório sobre as atividades de 2011, enviado pela organização à agência Fides, ilustra as iniciativas de apoio às comunidades de fiéis que sofrem em vários países. A ICC informa ter pensado na utilização de balões para atravessar um dos confins mais militarizados do mundo e fazer chegar as Bíblias às comunidades clandestinas na Coreia do Norte: “É um dos países mais fechados, onde as perseguições são terríveis".
A Igreja luta para difundir o Evangelho; atos de culto ou a simples posse de uma Bíblia podem ser punidos com a reclusão em campos de concentração” – explica o relatório. As Bíblias foram embaladas em pacotes com mil cópias e amarradas em balões que são ‘explodidos’ em seguida, em intervalos de tempo pré-estabelecidos.
Outras Bíblias, confiscadas pelo exército – informa a ICC – são comercializadas no mercado negro dentro do próprio país, administrado pelos militares. Devido ao escasso número de cópias em circulação, as Bíblias adquirem um consistente valor, inclusive econômico. Este canal também é “uma forma de difusão da Palavra de Deus” – nota a ICC. Segundo estimativas atuais, existem 440 mil fiéis cristãos na Coreia do Norte – acrescenta a organização -, que também distribuiu mais de 100 mil Bíblias na China.
Um dos países que mais perseguem os cristãos, por este motivo Deus está dando estratégias para que a sua Palavra chegue nãos mãos dos que O adoram. Oremos em todo momento que o Espírito Santo nos tocar,em favor dos cristãos que estão na Coreia do Norte.


A perseguição na Indonésia

A Indonésia ocupa hoje a 48ª posição na lista de classificação de países por perseguição da Missão Portas Abertas.
Por ser o maior país muçulmano do mundo, deveria estar entre os 20 primeiros, você deve pensar, mas a perseguição ocorre apenas nas regiões onde a presença de grupos radicais islâmicos é maior e não em todo o território indonésio.
Segundo uma de nossas fontes no país, “a perseguição é motivada por uma série de fatores étnicos, políticos e religiosos”. Ela citou como exemplo o atentado em uma igreja em Solo (Java Central), em 25 de setembro, em que um homem-bomba que participava do culto se explodiu, ferindo mais de 20 pessoas. A perseguição aos cristãos é menor nos vilarejos onde eles são minoria, mas basta se expressar de alguma forma para que sejam perseguidos.
As perseguições contra cristãos em Sulawesi (Leste da Indonésia) costumam ser severas: recentemente uma família de obreiros teve sua casa incendiada e foi expulsa dali, sob a acusação de proselitismo. Nas ilhas de Maluku, mais especificamente em Ambom, a população é dividida: 50% cristãos e 50% muçulmanos. De acordo com o nosso contato, no dia 11 de setembro aconteceu um incidente em que 10 pessoas morreram.
“Tudo começou com uma mentira (enviada por SMS) de que um muçulmano havia sido espancado até a morte, depois de bater sua moto na árvore de um cristão. Depois do funeral, um grande número de muçulmanos foi para a cidade, apedrejando e queimando prédios e veículos”. A violência sectária em Ambom é praticada tanto por muçulmanos quanto por cristãos. Isso se deve ao fato de que muitos cristãos são apenas nominais.
Em Seram (Maluku Central), após a guerra religiosa de 1998, cristãos e muçulmanos vivem em vilarejos separados pelo ódio e pela não aceitação de ambos os lados,  dificultando a pregação do evangelho no lado muçulmano.
Pedidos de oração
• Ore por amadurecimento da fé dos cristãos indonésios, para que de fato preguem o amor de Deus com suas vidas.
• Para que o poder e o perdão de Deus se manifestem entre cristãos e muçulmanos
• Por segurança e encorajamento a todos os missionários que estão no país e se deparam com a perseguição.



Entendendo o Afeganistão


Localizado entre a Ásia Central e o Oriente Médio, o Afeganistão foi ao longo de sua história uma rota percorrida por muitos conquistadores como Alexandre, O Grande, e seu conjunto cultural e linguístico é formado pela língua, cultura e religião dos povos vizinhos (Paquistão, Índia, Irã, China, Uzbequistão, Turcomenistão, Tadjiquistão), sendo dessa forma influenciado pelas culturas grega, persa e hindu. No país existem alguns grupos étnicos com práticas linguísticas e culturais diferentes, mas o principal deles é o pachtun.
Formado atualmente por cerca de 40 milhões de pessoas esse grupo etnoliguistico teve importante participação nas principais guerras enfrentadas pelos afegãos, tanto pela independencia do império britanico quanto contra os invasores soviéticos na década do 1970-80. Dessa etnia surgiu um dos mais importantes grupos radicais islamicos da atualidade, o Talibã que significa “aqueles que estudam o livro”, que após chegar ao poder em 1996 procurou se manter no poder através da imposição da Sharia (lei islamica) e de um nacionalismo exacerbado. O emprego da Sharia no país afetou as relações de muçulmanos com individuos de outras religões existentes no país como cristãos e hindus e impos restrições à liberdade religiosa. O Talibã foi destituido do poder politico após a invasão militar norte-americana em 2001 e desde então atua como principal grupo de resistencia.
Além de estar ocupado por um exercito estrangeiro e de ter que lidar com ataques de grupos extremistas como o Talibã, o Afeganistão lida atualmente com um problema de politica e saúde publicas, o das drogas. O país é o maior produtor de Papoula do mundo (80% do ópio mundial é produzido no Afeganistão), planta da qual é extraidio o ópio, substancia que serve tanto como entorpecente quanto como droga medicinal. Em alguns vilarejos em que não existem hospitais e atendimento médico, os cidadão utilizam o ópio para aliviar a dor e acabam se tornando dependentes quimicos. O cultivo da papoula é ilegal no Afeganistão, mas é muito mais lucrativo que outra culturas, muitos pequenos agricultores sobrevivem do plantio e venda da papoula e tem se incomodado com as medidas que o governo tem tomado para erradica-la.
Após ser destituidos do poder o Talibã viu no ópio uma fonte de renda para fincanciar sua insurgência e para retomar o poder politico, o que é contraditório, pois querem um país essencialmente islamico, mas a religião islamica é contra o cultivo e uso de drogas. Para alguns lideres religiosos do país o Talibã não quer um Afeganistão islamico, mas apenas o poder. O país tem recebido de países do ocidentes fertilizantes e outras culturas como feijão e milho com o intuito de se desvensilhar paulatinamente da dependencia economica da papoula.
Não é atoa que hoje o Afeganistão figura na 3ª posição da lista de classificação de países por perseguição da Missão Portas Abertas, quanto mais o cerco ao terrorismo e ao trafico de drogas aumenta, mais dificil fica a situação da Igreja de Cristo no país, já que esta é vista por muitos grupos radicais como agente dos interesses ocidentais no país.

Desde outubro do ano passado,não existem igrejas abertas para o público nem escolas cristãs.Estão em extinção!



Entendendo o Sudão


O Sudão é geograficamente o maior país do continente africano, o décimo maior do mundo e faz fronteira com países como Egito, Eritreia, Etiópia, Líbia, entre outros. Por volta do século VII D.C os árabes muçulmanos chegaram à região então conhecida como Núbia e ali se estabeleceram, acirrando dessa forma, uma disputa política e religiosa com os cristãos núbios que ali habitavam. Já no século XIX a Núbia foi dominada pelo império otomano e posteriormente pelos britânicos.
Devido às dimensões geográficas do Sudão, os britânicos resolveram dividi-lo em duas áreas de influência para facilitar seu domínio militar. No norte incentivaram o islamismo e a língua árabe, e ao sul o cristianismo e a língua inglesa. Após se libertarem do julgo colonial dos britânicos, os sudaneses passaram por duas longas e sangrentas guerras civis. É no sul que estão as terras mais férteis ao plantio já que esta região é banhada pelo rio Nilo, e 65% das reservas de petróleo estão ali, essa guerra foi travada entre grupos radicais muçulmanos e o SPLA (Exercito de Libertação do Povo do Sudão do Sul) grupo radical cristão que defendia a separação territorial e política do país, muitos jovens perderam suas vidas durante os mais de 30 anos de guerra civil.
Somente em 2005 seria assinado um tratado de paz entre o norte e o sul do país. Após um referendo realizado em janeiro de 2011, ficou decidida a divisão do país em Sudão do Sul e Sudão do Norte. Mas se o sul é rico em reservas de petróleo e recursos naturais, é no norte que se encontram todas as refinarias de petróleo e as principais indústrias do país, isso torna uma região economicamente dependente da outra, este é um dos fatores que pesam contra a divisão e pode contribuir para outra guerra civil.
A Igreja sudanesa tenta sobreviver nesse contexto de conflitos étnicos, políticos e religiosos. Oremos para que a provável divisão do país se dê de forma pacifica e que haja acordos bilaterais que favoreçam tanto o sul quanto o norte e para que a Igreja de Cristo possa resplandecer o amor de Deus em meio a tanto ódio.


Interceda por Mianmar


Mianmar ou Birmânia é o maior país do sudeste asiático. Ele é muito conhecido mundialmente como “terra dos templos” devido ao grande número de templos budistas espalhados pelo país e sua beleza. Oriundos dos povos mongóis, os birmanes (principal etnia de Mianmar) habita a região desde o século VII da era cristã.
Os birmaneses introduziram o budismo como sua principal religião e desenvolveram uma escrita própria. De 1886 a 1948 os birmaneses foram colônia da Grã-Bretanha, durante este período de dominação estrangeira o budismo foi utilizado como mecanismo de defesa e resistência à cultura e religião dos colonizadores. Desde 1990 Mianmar é presidida por uma junta militar que reprime qualquer tipo de manifestação contrária ao governo.
Em agosto de 2008 o país havia sofrido com um ciclone tropical (Nargis) que devastou o país e deixou mais de 100 mil mortes e cerca de um milhão de desabrigados, este foi considerado um dos maiores desastres naturais da história do país. Na noite desta quinta-feira, dia 24 de março de 2011, o Mianmar sofreu um terremoto de 6,8 na escala Richter, e muitos prédios e templos budistas ruíram após o forte tremor que atingiu também a Tailândia.
Cultura & Religião
O budismo tem importante influenciam na cultura, arte e costumes de Mianmar, a religião budista é também muito utilizada pelo atual governo como forma de controlar os cidadãos, este procura se perpetuar no poder através de alianças políticas com poderemos grupos budistas. Após o ciclone de 2008 muitas organizações humanitárias cristãs se dispuseram a ajudar as vitimas e por isso enfrentaram muita oposição do governo e de grupos budista que temiam algum tipo de proselitismo cristão.
Oremos por mais essa difícil situação que o país enfrenta e para que a Igreja de Cristo seja forte e usada para levar consolo a amor aos birmaneses.
Perseguição contra cristãos são muito frequentes em Mianmar...Muitos ataques acontecem semanalmente.


Mulher é presa por suposta blasfêmia


Etetu Bekele é um viúva que mora em Hamaressa, no Estado de Harari, dominado pelo Islã. Ela é uma mulher iletrada. Vive uma vida simples e sobrevive com a renda das comidas que vende em seu pequeno quiosque. Membro da Igreja Protestante local, Etetu é conhecida na região por sua dedicação a Cristo, sua hospitalidade e jeito amigável como trata seus clientes.
É compreensível que os vizinhos, até os muçulmanos que conhecem Etetu, tenham ficado surpresos que ela tenha sido acusada de blasfêmia contra o islã. Em outubro do ano passado, a polícia a prendeu em seu quiosque após muçulmanos ter reclamado que Etetu rasgou páginas do Alcorão e embrulhou as mercadorias de seus clientes nelas. A polícia alegou que foi para sua própria proteção que ela foi levada em custódia.
Líderes da igreja apelaram em seu favor às autoridades, mas sem sucesso. Somente após quatro meses ela foi liberta. Ela nunca foi acusada formalmente e não houve prova concreta contra ela. Ainda assim, ela teve de pagar mil birr (cerca de U$ 80,00) antes de ser liberta.
Os líderes suspeitam que ela foi mantida na prisão por tanto tempo somente para satisfazer a fúria dos muçulmanos. Eles explicaram para a Portas Abertas que antes da prisão de Etetu, houve conflito entre muçulmanos e membros da EOC que dura há algum tempo.
A cidade histórica de Harar é frequentemente referida pelos muçulmanos locais como a quarta cidades mais sagrada para o Islã. Os muçulmanos dessa cidade cercados por um antigo muro são conhecidos por seu zelo religioso. Em uma de suas atividades missionárias no ano passado, muçulmanos distribuíram Cd´s contendo mensagens que os membros da EOC consideraram ofensivas. Elas desafiavam a divindade de Cristo. A Igreja Ortodoxa Etíope reagiu a esse movimento convidando um acadêmico da EOC em Addis Ababa para ensinar seus membros sobre o islã.
Os muçulmanos ficaram com raiva com a resposta da EOC e organizaram um grupo para atacar a igreja em Hamaressa. A Polícia Federal soube da situação e interveio. Alguns dos organizadores foram, inclusive, presos. Pouco depois, muçulmanos fizeram um manifesto em Hamaressa contra a EOC. O plano era que os manifestantes prosseguissem até a EOC local e a destruísse. Porém, a polícia interveio novamente.
Líderes da igreja local suspeitam que os muçulmanos, frustrados com o fracasso em realizar seus planos, fabricaram as alegações contra Etetu.
Alguns meses já se passaram desde a libertação de Etetu, mas ela ainda precisa de nossas orações enquanto trabalha duro para reaver a perda de renda que teve durante seu período na prisão. Portas Abertas está acompanhando essa situação.
Pedidos de oração
1. Agradeça a Deus pela fidelidade de Etetu. Ore para que o Senhor use o testemunho dela para convencer muitos outros sobre a necessidade de salvação por meio de Cristo. Clame para que ela continue sendo um testemunho fiel para seus clientes.
2. Ore para que o Senhor restaure, em Seu tempo, o que Etetu perdeu de renda
3. Peça por sabedoria pela igreja enquanto eles apoiam Etetu

Notícias Missionárias de Orissa-Índia


Prisioneiros em sua própria terra


O mês de agosto de 2009 marca um ano da violência contra os cristãos em Orissa. Depois dos ataques, colaboradores da Portas Abertas visitaram algumas pessoas e ouviram seus relatos sobre a violência. Abaixo, segue um texto especial sobre as ações realizadas para socorrer nossos irmãos. Confira também, em breve, a nossa nova página especial sobre a Índia um ano após os ataques
O relatório abaixo foi feito por um colaborador da Portas Abertas que visitou Orissa em abril de 2009.
“Uma quantidade variada de tendas agrupa-se do lado de fora da aldeia de Rudangia, nas colinas do Estado de Orissa. Algumas palavras trocadas com os soldados armados na entrada do acampamento nos permitem fazer uma visita curta.
Dirigimos por três horas e meia em uma estrada esburacada pela zona rural para chegar à fronteira de onde ocorreu o pior caso de limpeza religiosa da Índia, nos meses de agosto e setembro de 2008.
Entramos em uma pequena choupana e, enquanto nos sentávamos no chão, fomos rodeados pelos habitantes do local.
Um jovem contou a história da vila. Eles sabiam da violência nas redondezas, e organizaram vigias para avisar o vilarejo caso agressores se aproximassem. Mas ninguém conseguiu resistir quando os extremistas chegaram.
Na noite de 29 de setembro, os vigias contaram 300 tochas descendo à vila, em todas as direções. O vilarejo foi cercado, todas as chances de escapar se tornaram impossíveis. Em 30 minutos, 74 casas foram incendiadas. Tudo ficou escuro, esfumaçado e caótico. Os extremistas chegaram com pistolas, machados, facões e outras armas brancas, enquanto os aldeões tinham apenas pedaços de pau para se defenderem.
Nosso jovem intérprete nos disse que, durante a confusão, ele foi abordado por hindus que lhe perguntaram: ‘Então, quem vamos matar agora?’. Uma mulher morreu e12 pessoas foram hospitalizadas – uma delas tinha 17 projéteis no corpo.
As 230 famílias de Rudangia estão entre os 50 mil cristãos indianos que perderam suas casas durante a violência orquestrada por ativistas hindutva. A onda de ataques começou depois da morte de um líder hindu, assassinado por maoístas.
Enquanto as notas oficiais afirmam outros números, os cristãos indianos relatam que mais de 500 pessoas morreram, e milhares de igrejas foram queimadas. Hoje, os sobreviventes reúnem-se às centenas em acampamentos por toda a região.
O que torna Rudangia um lugar especial é que a comunidade cristã se recusou a ser mandada para os campos de refugiados distantes de sua terra. Eles insistiram em fazer seu próprio acampamento, perto de sua vila.
A vida espiritual é palpável aqui. As três comunidades cristãs existentes decidiram se unir e cultuar a Deus na única igreja cujo telhado ainda está de pé. A perseguição acabou por unir os cristãos.
Formos levados à igreja onde havia um culto em andamento, com mulheres e crianças sentadas de um lado e homens do outro. Muitos têm Bíblias. Eles se sentam no chão e ouvem o pregador. Apesar da alegria durante o culto, ainda há o desespero de se encontrar em uma situação sem saída. Essas pessoas são prisioneiras em sua própria terra.
Um homem aponta para os limites de uma vila hindu, próxima dali. ‘Olhe, essa é a nossa fronteira, como a fronteira entre o Paquistão e a Índia’, ele diz. Compreendi a ilustração: duas comunidades em confronto, carregadas de suspeitas.”


Um ano depois...

No dia 23 de agosto de 2008, um ativista que atuava contra missionários cristãos em Kandhamal, distrito de Orissa, foi assassinado. Uma guerrilha maoísta assumiu a responsabilidade pelo crime, mas forças extremistas hindus usaram o assassinato para criar uma onda de violência que tomou conta de Kandhamal e de mais 13 distritos do Estado.
Esse foi considerado o pior caso de perseguição religiosa na Índia desde sua separação do Paquistão em 1947. Segundo relatos, mais de 54 mil cristãos ficaram desabrigados, 315 aldeias foram completamente destruídas, 120 pessoas foram assassinadas e milhares ficaram feridas.
Segundo estimativas do governo, 252 igrejas foram destruídas. A violência não cedeu por mais de dois meses e meio. Até hoje, há, na região, o medo de que os conflitos recomecem a qualquer momento.
Ainda há 4 mil pessoas vivendo em campos de desabrigados, e milhares não voltaram às suas aldeias temendo morrer ou serem convertidos à força ao hinduísmo. O Exército mantém o controle, mas os cristãos tentam imaginar o que acontecerá quando o Exército partir, pois é certo que os soldados não ficarão lá indefinidamente.
Durante a onda de conflitos, a força policial não fez nada para proteger os cristãos. Eles disseram a um colaborador da Portas Abertas que visitou a área no fim de abril: “Tememos voltar aos nossos campos”. Semanas antes, um cristão foi morto enquanto ia a pé para a cidade. Seu corpo foi arrastado para a selva e só encontrado dias depois. O assassino não foi identificado.
Os cristãos não podem nem reparar suas casas. Os hindus proibiram-nos de entrar na floresta para pegar madeira. O governo alocou 20 mil rúpias para a reedificação de casas parcialmente destruídas, mas a maior parte desse dinheiro foi gasto em alimentação e cuidados médicos nos últimos meses.
Medo é outro motivo que impede as pessoas de voltar para casa. As vítimas da violência são condenadas a viver em cabanas a poucos passos de distância de suas casas.
As casas hindus são marcadas com bandeiras alaranjadas. Ao lado delas, as casas dos cristãos jazem em ruínas. Assim como os judeus foram condenados a usar estrelas amarelas sob o regime nazista, os hindus deram-se ao trabalho de identificar as casas de quem é cristão e de quem não é.
Até os campos foram marcados com bandeiras cor de laranja.
Incapazes de cultivar sua terra, de recuperar suas casas e de recomeçar a vida e excluídos da escola e do mercado, as vítimas da violência de Orissa se encontram em uma armadilha, dependentes da pequena ajuda que recebem do exterior.
Há só um modo de descrever o que aconteceu. Não foi limpeza étnica, foi antes uma limpeza religiosa. As igrejas estão sendo substituídas por novos templos hindus. Nos restos dos templos cristãos está escrito “A Índia é para os hindus”.
Mas os cristãos de Orissa não abandonaram sua fé. Mais do que nunca, eles dependem de nós para ajudá-los e ampará-los na luta que travam para praticar sua religião em sua própria terra e aldeia.
À medida que os meses passam, e as barracas provisórias em que eles vivem começam a apodrecer sob o sol de 40°, e as chuvas de verão, é importante que não os esqueçamos.


Cristãos de Eritreia há 10 anos sem igreja‏

O último sábado marcou o décimo ano em que as igrejas da Eritreia foram fechadas, e seus membros, proibidos de se reunir. Em 12 de maio de 2002, o governo do presidente Isaías Afworki fechava as 12 denominações protestantes independentes da Eritreia, proibindo seus membros de se reunir até mesmo em casa. Hoje, dez anos depois, a Eritreia continua tendo Isaías como seu presidente, e os cristãos não viram nenhuma mudança que os favorecesse -- ou que pelo menos amenizasse -- sua situação. Ao invés disso, o que se vê são mais de mil cristãos presos em condições desumanas, apenas por professarem sua fé em Jesus Cristo.

Mantenha a Eritreia em oração nesta semana. Ore pelos cristãos presos, para que sua fé permaneça forte apesar das terríveis condições que enfrentam. Peça a proteção dos cristãos que corajosamente se reúnem em segredo. E ore pela nação como um todo, clamando pela intervenção de Deus e uma transformação do governo
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Quando a tempestade vem


O que você faz quando a tempestade vem? (ou sejaos problemas). O que você faz quando as coisas estão numa boa? Você só busca a Deus quando está com problemas? Você não se esforça, querendo que Deus faça tudo por você sem ter que precisar se mecher? Quando o problema vem, você se desespera ou sua fé é maior?

Esses questionamentos são baseados em uma história muito conhecida: Jesus e seus discípulos num barco, atravessando o mar da Galileia, e Jesus dormindo. Enquanto ele dormia uma terrível tempestade surgiu, os homens no barco tentaram não naufragar, mas como não teve resultado, foram atrás de Jesus.

Na nossa vida também é assim. Quando a tempestade vem, tentamos usar nossas próprias forças para resolver, isso não é errado, mas muitas vezes não resolve. Então, chamamos a Deus, o problema é que pode parecer que Ele esteja "dormindo". Às vezes, pensamos como os discípulos devem ter pensado: "será que o Mestre não acorda? Não está vendo toda essa agitação?" É nessas horas que perguntamos, onde o Senhor está? Mas Ele nunca se faz ausente, Ele sempre está ao nosso lado.Quando dizemos: Eu não aguento mais, muitas vezes não é verdade, ainda aguentamos muito, mas só queremos o "bem bom". O que não é completamente errado, mas é na tempestade que aprendemos, a melhor maneira de aprender é pela experiência. O que me lembra uma frase tudo a ver nesse contexto:
"Mares calmos não fazem bons marinheiros"

Jesus acordou, chamou os discípulos de "homens de pouca fé" e resolveu toda aquela agitação com uma palavra: aquiete-se!. E diz o texto que o mar se acalmou. Na hora que surge um problema, se não tivermos fé, realmente vai parecer que ele não tem solução. E lá vai outra frase para refletir:
"Não diga a Deus que você um grande problema, diga ao problema que você tem um grande Deus". 


Todos sabem os problemas que já passaram e que passam, algumas vezes dá pra perceber quando a tempestade se aproxima e procurar abrigo, mas outras, elas vem de surpresa. Que a gente possa buscar a Deus em todos os momentos, não apenas na diversidade, mas também quando tudo está bem, precisamos ser gratos e demonstrar essa gratidão. Problemas todos tem e sabemos que Jesus já tinha avisado "Nesse mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo" O que é diferente, é o modo como vemos e passamos pelo problema. Essa vida  não se compara com a eternidade, pra quê se desesperar? "EU(jesus) VENCI O MUNDO!"

"Ter Jesus na embarcação da sua vida, não significa que não haverá tempestade,
significa que o barco nunca vai virar!"
Artigo de Dani Almeida