Você já viu alguma pipa voar a favor do vento?
Claro que não né?
Frágil que seja,de papel de seda e taquara, nenhuma se dá ao exercício fácil de voar, levada suavemente pelas mãos de alguma corrente. Nunca! Elas metem a cara e vão em frente. Têm essa vaidade de abrir mão da brisa e preferir a tempestade.
Como se crescer e subir fosse descobrir em cada vento contrário uma oportunidade...
Como se viver e brilhar fosse ter a sabedoria de ver uma lição em cada dificuldade.
No fundo,no fundo, todo mundo deveria aprender na escola a empinar pipas, pandorgas ou raias, para entender desde cedo que Deus só lhes dá um céu imenso porque elas têm condições de o alcançar, assim como nos dá sonhos, projetos e desejos, quando possuímos os meios de os realizar.
De tempos em tempos,voltaríamos às salas de aula das tardes claras só para vê-las, feito bandeiras salpicando o céu azul...
Assim compreenderíamos de uma vez por todas que pipas são como pessoas:usam a adversidade para subir às alturas.