Uma das minhas melhores lembranças é a Tailândia. Não tem como esquecer ou deixar de citar, porque faz parte de mim e foi um tempo que marcou profundamente a minha vida.
Aqui irei compartilhar de forma resumida o que fiz durante os quase 2 anos na Tailândia e no final desse post vou deixar alguns links caso você não acompanhou o início de tudo, desde o chamado e minha preparação para ir até os meus primeiros meses lá.
Depois de tudo que passei para chegar à Thai, eu me sentia exatamente como quem sonha. Pisar naquele solo, ver aquelas pessoas e tudo ao meu redor me deixava de fato emocionada, pois eu havia crido mesmo contra a dificuldades e ali estava eu vivendo promessas!
Ministério- Servindo no hospital
Como compartilhei previamente, minha ida a Tailândia era para trabalhar como missionária e técnica de enfermagem em um hospital da missão que cuidava de pacientes HIV+ em estágio terminal e meu contrato seria de 2 anos. Mas, adivinhem? Justo naquele ano de 2016 foi o ano da morte do rei e juntamente com isso várias mudanças de leis agravando um pouco a situação de estrangeiros no país, e o hospital precisou ser fechado temporariamente, já que provinha de uma liderança estrangeira.
Com o hospital fechado e incapaz de receber novos pacientes por tempo indeterminado, minha vida começou a desandar. Não havia muito o que fazer ali naquele ministério, eu não podia exercer a enfermagem, eu não podia simplesmente mudar para outro ministério ou base missionária devido o meu visto, eu não podia trabalhar remunerada e os meus dias começaram a ser um tédio total. Aquele ministério me deu o visto e eu precisava servir ali, mas não havia oportunidades devido regras internas e algumas outras questões. Comecei a sofrer! Aproveitava os meus dias estudando inglês, ajudando na pré-escola durante alguns dias da semana, limpando as paredes daquele hospital toda sexta-feira e chorando enquanto isso perguntando ao Senhor se tudo o que passei para chegar até ali era para aquilo apenas. Eu não aceitava a ideia de estar em uma nação não alcançada pelo evangelho e não fazer nada, e foi aí que comecei a orar e através de algumas conexões consegui migrar para a base de Jocum em um distrito próximo. Foi estressante todo esse processo, levaram meses, chorei muito, mas deu certo. Nesse ministério (Casa do Coração Aberto, estive 9 meses).
Ministério- Servindo a base
Mudei para a base missionária no final do ano de 2016 e foi como passar da morte para a vida, da inatividade para uma vida super ativa. Pude servir em várias áreas, mas a que mais me dediquei/amei foi o projeto ShareBibles, onde eu e outra amiga missionária mapeávamos as áreas dos distritos, e todos da base se dividiam em equipes e íamos de porta em porta distribuindo Bíblias na língua tailandesa. Era lindo ver isso acontecer, éramos os pés de Jesus alcançando aquela nação com a Palavra que liberta. Era lindo ver tailandeses que nunca na vida ouviram falar de Jesus (Prayesu) e agora tinham a Palavra de Deus em suas mãos na sua língua. Evangelismo Raiz, na chuva, no sol, poucas ou muitas pessoas, nós íamos. Foi nessa época que mais eu cresci no aprendizado da língua Thai e no entendimento da cultura também. E entendi que meu tempo naquela nação seria valioso sim, e não desperdiçado vivendo como se fosse uma turista. Havia uma necessidade em mim de alcançar pessoas com o evangelho, e foi o que fiz até o último momento meu naquela nação.
Ainda servindo na base missionária, tive muitas oportunidades de compartilhar sobre Jesus nas escolas e orfanatos, onde usávamos a estratégia de mini acampamentos de inglês para ajudá-los no aprendizado da língua inglesa e introduzíamos o evangelismo, compartilhando testemunhos, louvores, oração e também fazíamos a distribuição de Bíblias. Na base missionária de Jocum em Chiang Rai, estive 11 meses.
Acompanhe desde o começo minha trajetória à Ásia:
https://diariomissdekaren.blogspot.com/2016/02/caminhos-planos-parte-de-um-plano.html
https://diariomissdekaren.blogspot.com/2016/04/no-dia-que-eu-sai-de-casa.html
https://diariomissdekaren.blogspot.com/2015/04/keep-calm-and-vamos-para-o-outro-lado.html
https://diariomissdekaren.blogspot.com/2016/04/graca-que-nos-ajuda-suportar.html
https://diariomissdekaren.blogspot.com/2016/05/vidas-sao-mais-importantes-do-que-coisas.html
3 de fevereiro de 2020
25 de janeiro de 2020
Reacedendo!
Depois de quase um ano sem escrever, coloquei como meta voltar à ativa, voltar a escrever que tanto amo e sobre o que mais amo.
Cresci tanto nos últimos anos, aprendi mais ainda, amadureci diante de tantos processos que passei e mal compartilhei sobre essas coisas que vivi... Mas a boa notícia é que tenho tudo armazenado nas minhas memórias e vou começar a compartilhar, pois acho necessário essa troca de experiências entre quem viveu e quem lê.
Eu sou uma pessoa muito intensa, de processos, o que me faz ter a necessidade de digerir bem cada situação, e durante esses dois anos desde que voltei para o Brasil eu tive muitos processos, acredite em mim quando digo muitos. Claro, eram muitas mudanças, adaptações, tempo para tentar entender o trabalhar do Senhor, até que me veio um despertar, uma necessidade de não perder a essência, não deixar de fazer as coisas que gosto. Hora de reacender aquilo que estava apagado.
Cresci tanto nos últimos anos, aprendi mais ainda, amadureci diante de tantos processos que passei e mal compartilhei sobre essas coisas que vivi... Mas a boa notícia é que tenho tudo armazenado nas minhas memórias e vou começar a compartilhar, pois acho necessário essa troca de experiências entre quem viveu e quem lê.
Eu sou uma pessoa muito intensa, de processos, o que me faz ter a necessidade de digerir bem cada situação, e durante esses dois anos desde que voltei para o Brasil eu tive muitos processos, acredite em mim quando digo muitos. Claro, eram muitas mudanças, adaptações, tempo para tentar entender o trabalhar do Senhor, até que me veio um despertar, uma necessidade de não perder a essência, não deixar de fazer as coisas que gosto. Hora de reacender aquilo que estava apagado.
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